sábado, 29 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo

2012 foi o melhor ano de minha vida.
Aprendi a ser gente, enfim.
O câncer me fez uma pessoa melhor e pude compreender a grandeza humana, na prática.
Foram e ainda são tantos os afagos, os gestos, as palavras e ações que não posso sequer pensar em enumerar.
Não existe o "muito obrigado" a dizer, mas gratidão, eterna.
Que 2013 nos traga mais sabedoria, compreensão, paciência e amor, principalmente o amor.
Feliz Ano Novo!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Viva a Vida: adeus câncer (estou zerado)

Viver a Vida, sim, mas é melhor ao lado de gente que gosta da gente, que vibra com nossos acertos e torce pela nossa saúde.
Melhor ainda é ter ao seu lado um bando de gente boa a dar apoio, estímulo e coragem para não desistir, nunca.
Viva a Vida, agora com muito mais acertos que erros, espero, e muito mais disposição, confio.
A todos, o meu mais sincero agradecimento pela vibração, pelas palmas,

apertos de mão e inúmeros, incontáveis, acho, abraços e beijos pelo câncer zerado (não se pode falar ainda em cura, só em cinco anos, com as revisões a cada quatro meses).
Sorte não é palavra que se usa em Medicina, diz o meu querido oncologista Bartolomeu Melo, do Real Hospital Português e do Hospital Oswaldo Cruz. Ele tem razão. Um câncer se combate com amor, carinho e muita amizade. E eu tive tudo isso por onde passei, com as pessoas com quem conversei sobre a doença e com os pacientes, enfermeiros, técnicos em radioterapia e pessoal da limpeza do Hospital Real Português.
Sem eles, o combate seria mais difícil, dolorido, danado de ruim.
Entre todos os que me ajudaram a caminhar, a aceitar e a não cair, está uma mulher que ainda não conheço pessoalmente, mas parece que a tenho ao meu lado desde sempre.
Uma mulher a quem chamo de "minha linda" nos twitter da vida, no Facebook e no Instagram.
A Naire Valadares, uma vencedora na vida e que encarou um câncer com muita coragem e humor, os meus mais profundos desejos de muita paz, leais amigos e muita alegria.
Com ela aprendi a descartar o "por que bem eu, meu Deus", para encarar o "porque não?".
Seu blog me orienta, guia e conduz, Naire Valadares.
Fiquei sabendo hoje (12-12-2012 às 15h32) que o câncer desapareceu da minha corda vocal direita. O primeiro diagnóstico antes da biópsia foi dado no dia 12-04-2012.
Agora, esperar pelas revisões durante cinco anos (revisões de quatro em quatro meses) para checar se o danado não quer voltar ou se voltou.
Vou esperar. Afinal, cinco anos a gente tira de letra, não é meu Deus?
Obrigado, Senhor! 
Foto tirada ao entrar na redação do Jornal do Commercio após saber o resultado. Surpreso e muito emocionado com a maior recepção ofertada pelos companheiros.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Força, corintiano!

Voltei a rezar, retornei às orações sentidas, aquelas que saem do fundo da alma e explodem em emoções. Hoje rezei pelo Mateus, aquele adolescente que foi meu parceiro na radioterapia e que luta contra um tumor maligno na área do pescoço/cabeça. Tão jovem, inteligente e corintiano. Os rins falharam depois de uma forte pneumonia, entrou em hemodiálise e a situação é grave, muito grave. Mas acho que Mateus é muito mais forte que eu (não sei é se terei forças para suportar a sua perda).